Anatomia de um raio |
Na linguagem popular, relâmpago é o clarão intenso e raio é a descarga elétrica que causa o clarão. Adotaremos essa terminologia para descrever como é um raio. A maioria dos raios ocorre dentro da própria nuvem ou de uma nuvem para outra. Mas, vamos nos limitar a descrever um raio entre uma nuvem e o solo. E, já avisamos que esse, também, é um assunto de pesquisa em progresso, portanto, inacabado. Em uma nuvem enorme com cargas separadas, negativas na base e positivas no topo. A presença dessas cargas negativas na base da nuvem induz uma carga positiva no solo, resultando em diferenças de potencial de milhões de volts entre a nuvem e a terra. Uma voltagem tão alta pode romper a capacidade de isolamento do ar (chamada de "rigidez dielétrica") fazendo com que elétrons, cargas negativas, comecem a se mover da nuvem para a terra. A figura abaixo mostra uma seqüência do que acontece nesse momento. |
Os elétrons se movem na direção do solo em uma sucessão de passos, cada um com cerca de 50 metros. Esse percurso em zig-zag é chamado de "líder escalonado". "Líder" porque abre caminho para outros elétrons e "escalonado" porque é uma seqüência de degraus. A velocidade de deslocamento desses elétrons é muito alta, da ordem de 100 km/s. Alguns trechos podem se separar do trajeto principal, formando ramificações. Todo esse processo é extremamente rápido e praticamente invisível, pois a luminosidade do líder é baixa. Quando a ponta do líder chega a uns 20 metros do solo, uma descarga, chamada "descarga de conexão", inicia-se de algum local pontudo no solo e fecha o circuito, formando um "fio condutor" que liga a terra à nuvem. As cargas negativas presentes no líder movem-se, então, em grande velocidade para o solo. As mais próximas do solo dão início à descarga e o processo todo se propaga às partes superiores com uma velocidade incrível. Um belo e apavorante risco luminoso corre do chão para a nuvem, mas, o processo é tão rápido que vemos todo o raio de uma vez. Observe que os elétrons movem-se de cima para baixo no canal aberto pelo líder enquanto a região de alta corrente e luminosidade sobe pelo canal. O ar em redor do canal luminoso é subitamente aquecido e se expande com violência. O som dessa expansão é o que chamamos de trovão. Depois dessa descarga inicial, outras descargas secundárias costumam ocorrer, aproveitando o mesmo caminho aberto pelo líder. São de menor intensidade e ocorrem depois de um tempo tão curto que parecem ser um único raio. Só com câmeras de alta velocidade é possível distinguir as várias descargas. |
Fonte: www.fisica.ufc.br
Não se esqueça de participar do sorteio da Camisa do Sopro Solar.
Para participar, basta responder a enquete no Blog e fazer o seu cadastro no Sopro Solar!
A enquete se encontra no lado direito da página.
Assim que a camisa chegar colocarei a foto dela no Blog.
A enquete se encontra no lado direito da página.
Assim que a camisa chegar colocarei a foto dela no Blog.
Vamos lá! Participe.
Obs.:Só poderá participar do sorteio da camisa quem responder a enquete e for um membro do Blog.
Um abraço!
Sopro Solar.
O blog de quem curte ficção científica
Nenhum comentário:
Postar um comentário
SOPRO SOLAR, o blog de quem curte Ciência, Astronomia, Ficção Científica e Conhecimento Aliado à Diversão.
Deixe o seu comentário.