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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O ocorrido em Tunguska...O Raio da Morte de Tesla?


Um mistério ainda sem solução?


                      Taí um dos maiores (se não o maior) mistérios do século passado: o incidente ocorrido em 30 de junho de 1908, na região do rio Tunguska, na Sibéria, Rússia. Resumidamente, o que ocorreu foi a queda de uma “bola de fogo”, testemunhada por várias pessoas, que atingiu uma área inabitada da floresta nos arredores do Tunguska. O abalo foi sentido no mundo inteiro.  Graças ao fato da região ser tão remota, apenas 19 anos depois que o primeiro pesquisador conseguiu chegar ao local do evento.

Mapa mostrando o local do incidente em Tunguska
Mapa mostrando o local do incidente em Tunguska

Resumidamente, as teorias que já foram levantadas sobre o que ocorreu em Tunguska:

1 – A Torre de Wardenclyffe: outra teoria sem evidência alguma proposta por Oliver Nichelson de que a explosão teria sido causada por um experimento do brilhante inventor Nikola Tesla utilizando a torre de Wardenclyffe.  O RAIO DA MORTE.
 









2 – Queda de um meteoro/meteorito/asteróide: a teoria mais “aceita”, porém, apesar de sua ampla aceitação, não há NENHUMA EVIDÊNCIA de uma queda do tipo no local…





3 – Um buraco negro: teoria proposta em 1974, pelos físicos da Universidade do Texas, Albert A. Jackson e Michael P. Ryan. Segundo eles, a explosão em Tunguska foi ocasionada por um pequeno Buraco Negro que passava pela Terra. Porém, também não há qualquer evidência que suporte a ideia.





4 – Antimatéria: em 1941, Lincoln LaPaz, um astrônomo americano, propôs que a explosão em Tunguska foi causada pela aniquilação de um “bloco de antimatéria” que caiu do espaço. Novamente, não há evidências físicas no local, muito menos astrônomicas que fundamentem essa hipótese.







5 – Queda de um OVNI:proposta por vários ufólogos e pesquisadores do fenômeno, diz que um objeto voador não-identificado tenha caído em Tunguska. Há variações para essa teoria, como a de que a explosão tenha sido resultado de um teste de alguma arma extraterrestre em nosso planeta.
O que se pode realmente afirmar sobre o incidente siberiano é que, seja o que for que caiu do céu, o objeto em questão explodiu ANTES de atingir o solo, e deixou resíduos nucleares no ambiente ao redor. Testemunhas oculares afirmam que o objeto MUDOU de direção enquanto estava no céu, antes de se chocar com a floresta. Nada do que aconteceu em Tunguska sequer se assemelha a queda de um meteoro, nem nenhuma das outras teorias “científicas” sequer consegue dar conta de começar a explicar o fenômeno.
Até que alguma explicação melhor apareça, a hipótese mais provável continua a ser a mais fantástica: um OVNI.


Algumas fotos, que mostram o quão devastador foi a explosão da tal “bola de fogo”:

Tunguska em 1908 x 2008:

A explicação mais aceita: a da queda de um asteróide/meteorito.

               Antes de chegar nas outras hipóteses para o que caiu em Tunguska, recentemente me deparei com um capítulo dedicado a esse evento num livro que explica a “Verdadeira Ciência por trás do Arquivo X”. A autora é a Ph.D Anne Simon, que foi a “consultora científica” da série.

                O livro é muito interessante, e, apesar de tratar de ciência, é didático e bem acessível ao público leigo. Resolvi transcrever o trecho em que ela descreve o evento, por ser bem detalhado e objetivo. Fora o fato de ela ter CONVERSADO com o primeiro pesquisador norte-americano a visitar o local. 

Sobre o assunto, basicamente o que ela diz:
Às 7h:17 de 30 de junho de 1908, homens da tribo local, no posto de troca de Vanivara, na Sibéria, viram uma bola de fogo queimando e iluminando o céu sem nuvens, seguida por uma explosão ensurdecedora. Seja lá o que tenha acontecido a 7 ou 9 quilômetros acima dos morros e florestas que circundam a região do rio Tunguska, o fato liberou uma explosão de energia direto para baixo, 2 mil vezes maior do que a bomba atômica que devastou Hiroshima. Sismógrafos do mundo todo captaram as ondas de pressão do evento, tão catastrófico que as ondas circundaram a Terra duas vezes. Árvores, mais de 60 milhões tombaram sobre uma área maior que a Rhode Island (4.005 km² – EUA). Luzes de fogo cintilaram durante dias, iluminando os céus da meia-noite por toda a Europa e Ásia. As luzes eram tão brilhantes que os cidadãos de Londres pensaram que sua cidade estava em chamas. Apesar de o evento ter provavelmente devastado rebanhos de veados na isolada região, só duas pessoas morreram. Tunguska é tão remota que levou 19 anos para que a primeiro expedição russa alcançasse o local devastado. Mesmo hoje, visitar o local implica em fazer uma caminhada de 80 quilômetros, se um helicóptero conveniente não estiver à disposição.
Roy Gallant, diretor do Planetário Southworth, da Universidade de Maine (EUA), foi o primeiro norte-americano a visitar Tunguska. Roy me disse que é preciso um olho experiente para ver os traços que restaram da catástrofe. Bem abaixo de onde ocorreu a explosão fica uma floresta de postes telefônicos – árvores de 1,89 metro cujos ramos foram arrancados e que são lembretes desoladores da força de cima para baixo da explosão. Restos de outras árvores até 16 quilômetros de distância dali jazem no solo da floresta em um padrão radial, apontando para fora do centro do cataclismo. Além disto, não há crateras, não há sinais de distúrbios posteriores na paisagem, que deve ter ficado parecida com uma terra estéril, como depois de uma explosão atômica.
Leonid Kulik, mineralogista russo, chefe da primeira expedição soviética a visitar Tunguska, em 1921
Leonid Kulik, mineralogista russo, chefe da primeira expedição soviética a visitar Tunguska, em 1921.


A expedição russa de Kulik.


Roy Gallant, o primeiro norte-americano a visitar Tunguska
Roy Gallant, o primeiro norte-americano a visitar Tunguska
Continuando com o texto de Anne Simon:

Há duas explicações convencionais para o que causou a explosão em Tunguska. Um grupo de cientistas dirigidos por Chris Chyba, Peter Thomas e Kevin Zahnle está convicto de que minúsculos fragmentos de rocha estavam enterrados em três pontos da explosão de um meteoro de pedra medindo de 50 a 60 metros de diâmetro. Outros, inclusive Roy Gallant,acreditam que somente um cometa pesando cerca de 100 mil toneladas poderia explicar as luzes misteriosas que precederam o evento dias antes.
Então, essas são as hipóteses mais “cientificamente aceitas” sobre o evento siberiano. Destaquei em vermelho algumas frases, palavras e expressões que considero “chaves” para se compreender o quanto o fenômeno foi realmente misterioso.

Agora partimos para as hipóteses “heterodoxas”… 

A mais famosa, é a da queda de um OVNI. 
Há outra que diz que houve uma explosão nuclear em Tunguska, como a de uma bomba atômica. 
O único porém nessa teoria, é que em 1908 NÃO SE CONHECIA A TECNOLOGIA PARA O DESELVOLVIMENTO DE ARMAS ATÔMICAS/NUCLEARES. 
Muito estranho? 
Vai ficar ainda mais:

Veja esse video do History channel:

O vídeo acima é um trecho de um documentário do History Channel falando sobre o incidente de Tunguska. Nele, é contado da descoberta de fragmentos de metais radiotivos no local da explosão, e das suspeitas de Stálin de que um OVNI havia atingido a taiga siberiana. 

Para o  documentário completo, pesquise no google.
Mas postarei aqui no Sopro Solar  mais a respeito do assunto.
Em 2004, chegou a ser noticiado que uma expedição científica siberiana havia encontrado provas que confirmam que a explosão em Tunguska foi ocasionada por um OVNI. Veja abaixo, a matéria exatamente como saiu no Portal Terra (EFE):
A expedição russa de KulikUma expedição científica siberiana afirmou ontem ter encontrado provas que confirmariam a teoria de que o meteorito de Tunguska, o maior já caído na Terra, foi, na realidade, uma nave espacial extraterrestre. Um comunicado do governo regional de Evenkia, divulgado por jornais online, diz que exploradores da fundação estatal siberiana Fenômeno Espacial de Tunguska acreditam ter encontrado elementos de um artefato técnico extraterrestre.
“Encontramos o que queríamos”, declarou o diretor científico da expedição e presidente da fundação, Yuri Labvin. O cientista é fervoroso partidário da teoria de que foi um objeto voador não-identificado (Óvni) que explodiu na Sibéria há 96 anos. Naquele dia 30 de junho de 1908, o fenômeno de Tunguska, assim chamado pelo rio que passa perto do local, causou uma enorme explosão, equivalente a 500 bombas atômicas como a de Hiroxima, arrasando 2,2 mil quilômetros quadrados de florestas.
A explosão deu origem a um dos grandes enigmas do século passado que ainda suscita discussões apaixonadas entre cientistas. A versão mais difundida diz que a Terra foi atingida por um asteróide ou um fragmento de cometa. No entanto, mais de 30 hipóteses e teorias foram levantadas sobre o fenômeno de Tunguska. As mais exóticas falam de um meteorito feito de antimatéria, de um pequeno buraco negro que teria atravessado a Terra e até da queda de uma nave extraterrestre.
Vários fatos demonstram que a explosão aconteceu sobre a superfície terrestre, no ar. Não foi formada nenhuma cratera no epicentro da catástrofe. Nenhuma das mais de 200 expedições ao local encontrou um único fragmento do corpo celeste. As árvores em volta ficaram inclinadas para fora do enorme círculo de 60 quilômetros e as do centro continuaram de pé.
Na ocasião, mais de mil especialistas do Observatório de Irkutsk observaram a queda sobre a taiga siberiana. Eles deixaram registro das surpreendentes “manobras” que o objeto realizava ao longo de sua trajetória, como se estivesse sendo pilotado. A teoria particular de Yuri Labvin, que dirigiu esta última expedição, sugere que o fenômeno foi originado por uma nave interplanetária extraterrestre. A nave teria salvo a Terra de uma catástrofe, ao destruir ou desviar um corpo espacial que se dirigia para o planeta.
Segundo o comunicado oficial, a expedição, integrada por 14 exploradores, geólogos, professores e estudantes da Universidade de Krasnoyarsk, rastreou durante duas semanas um setor escolhido com base em análise de fotografias tiradas do espaço. Nesta região, perto da cidade de Poligus, 500 quilômetros a oeste de onde as expedições anteriores trabalharam, foram descobertas crateras de até 500 metros de profundidade e detectados fenômenos anormais.
Os exploradores dizem ter encontrado uma das chamadas “pedras-rena”, mencionadas por algumas testemunhas oculares da catástrofe. Eles levaram um pedaço da rocha, de 50 quilos, para analisar em Krasnoyarsk. Segundo o portal NEWSru.com, depois da conferência realizada em 1998 em Krasnoyarsk por ocasião do 90º aniversário do acontecimento, Labvin exibiu duas barras supostamente feitas de um metal desconhecido. Ele teria encontrado os objetos durante uma expedição anterior, perto do povoado de Vanavara, a 65 quilômetros do qual aconteceu a explosão.
“Os resultados da expedição, segundo seu diretor, permitem esperar que o mistério do fenômeno cósmico seja revelado sem falta no centenário da queda do meteorito de Tunguska”, anunciou a agência Interfax. Já o site Utro.ru advertiu que ufólogos, animados pelas novas descobertas, já se preparam para viajar até a área coberta pela expedição, e ironizou. “A palavra ‘meteorito’ já deve ser escrita entre aspas, já que o que explodiu foi um Óvni”.
Acho que é interessante frisar que a Rússia é um país muito aberto no que diz respeito a considerar hipóteses “exóticas” (não cientificamente ortodoxas) para eventos misteriosos. Parapsicologia e ufologia são assuntos muito sérios para os russos.
No livro “Dicionário do Mundo Misterioso“, compilado pelo jornalista Gilberto Schoereder, o verbete sobre Tunguska traz mais alguns detalhes curiosos sobre o impacto (note que o livro é de 2001):
Tunguska: região da Sibéria onde se verificou um dos mais estranhos eventos na história dos insólitos. No dia 30 de junho de 1908, ocorreu ali uma explosão sem precedentes no planeta até então. Alguns passageiros do trem na ferrovia Transiberiana viram um objeto brilhante que cruzou o céu, uma bola de fogo que se perdeu ao norte antes da explosão. A 900 quilômetros dali, em Irkutsk, o sismógrafo oscilou durante uma hora, registrando um impacto. O ruído foi ouvido num perímetro de mil quilômetros.

Segundo informações mais detalhadas, a onda de choque chegou a ser registrada em Londres. Os rios da Sibéria sofreram tamanho impacto e agitação que várias embarcações pequenas afundaram. Segundo os testemunhos da época, durante uma semana após o evento o mundo inteiro estranhou a excessiva claridade das noites e chega-se a afirmar que, em Paris, era possível ler à noite sem luzes artificiais e, em Moscou, era possível fotografar sem as lâmpadas de magnésio. A ideia inicial era a de que um meteorito de proporções inusitadas havia caído na Sibéria.
Devido a todos os problemas enfrentados pela Rússia nos anos seguintes, com a guerra civil e a revolução comunista, os investigadores somente atingiram a região de Tunguska em 1927, ainda que o professor Leonid Kulik estivesse coletando informações e testemunhos desde 1921.
A área de destruição atingia 9 mil quilômetros quadrados. A 60 quilômetros de distância do centro, já era possível encontrar sinais de devastação, com árvores sem a copa. Mais para o centro, a destruição era absoluta. Só que, para espanto de todos, não havia absolutamente nenhuma cratera e, ao que se sabe, até hoje não foi encontrado nenhum detrito proveniente de um possível meteoro.
As investigações realizadas em anos seguintes nada conseguiram trazer de concreto para o caso. Teorias foram elaboradas, mas nenhuma delas pôde ser comprovada. Alguns sinais indicavam a possibilidade de uma explosão nuclear, mas não havia conhecimento desse tipo no planeta em 1908. Outros propuseram a existência de um bloco de antimatéria de 200 gramas, que teria explodido ao entrar em contato com a atmosfera.
Outra teoria que ganhou adeptos foi a de uma explosão artificial e nuclear, uma vez que a radioatividade não poderia ter sido registrada na época, e já teria desaparecido quando as investigações ganharam volume, nos anos 50 e 60. Alguns fatos reforçaram a tese da explosão nuclear, o que levou a especulações e teses sobre a presença de seres extraterrestres no local. 
Elaborou-se então a ideia de um desastre com uma nave alienígena, um OVNI, sobre a Sibéria, uma nave que tivesse um motor de natureza nuclear. Mas, mesmo assim, deveria haver detritos indicando essa presença, e nada foi encontrado, a não ser alguns resíduos nucleares nas árvores destruídas, e que assim permaneciam na época.
A proporção do acontecimento, o número de testemunhas e de registros, e a quantidade e qualidade das investigações posteriores de nada adiantaram para solucionar o mistério da explosão em Tunguska, entre os maiores insólitos, ainda que pesquisadores que seguem linhas mais conservadoras continuem insistindo tratar-se de um gigantesco meteoro que caiu na região, mesmo não existindo qualquer evidência disso.



Diagramação e adaptação: Sopro Solar 

Sopro Solar.                                          
O blog de quem curte  ficção científica



2 comentários:

  1. A mais viável com certeza, eh a invenção de Tesla!

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    1. Há muitos mistérios ainda em relação à Tunguska.
      Meteoro e o raio da morte de Tesla são os mais prováveis.
      Continue nos visitando e obrigado pelo seu comentário Gleyce.

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