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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Da invenção da lâmpada, até a necessidade de apaga-la

Da invenção da lâmpada à necessidade de se apagar a luz



Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo


Dois sofás, uma estante repleta de livros, pequenos quadros pregados à parede. A composição de uma sala varia, mas existe um item que não pode faltar. Indispensável na hora de cumprir o restante das tarefas ou estender o happy hour com os amigos depois do pôr do sol, a lâmpada revolucionou a maneira como lidamos com a escuridão.
Agora, no último sábado de março, uma ação global convoca as pessoas a desligarem esse símbolo da modernidade para chamar a atenção a problemas ambientais que comprometem de alguma forma a qualidade de vida na Terra.
Mas antes de se juntar à Hora do Planeta e apagar todas as luzes de casa por uma hora, saiba mais sobre essa invenção tão essencial para a humanidade. 


Acredite: muita gente já viveu sem ela!



Tá na hora de dormir

A vida não era fácil antes do século 19. A escuridão das ruas à noite impedia encontros e limitava a vida social. Em São Paulo, o problema foi resolvido em 1830, quando se estabeleceu o uso de lampiões de azeite nas vias públicas. Semelhante em outras capitais, com o tempo o processo deu espaço a lampiões a gás, como o da foto. Na maior cidade do país, o último lampião foi apagado em 1936, 63 anos depois da primeira utilização da luz elétrica no Brasil, na estação Rio da estrada de Ferro D. Pedro II, que ligava Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Mas, antes da chegada da luz elétrica, poucas eram as opções ao anoitecer.

Poucas horas de luz

E então... Fez-se a luz!
Mas, não, Thomas Edison (foto) NÃO inventou a lâmpada. Sua grande sacada, na verdade, foi tê-la transformado em um produto comercializável. Em 1879, o americano construiu uma lâmpada incandescente utilizando uma haste de carvão muito fina. Segundo o professor e chefe do Departamento de Máquinas, Componentes e Sistemas Inteligentes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Cesar Pagan, a ideia surgiu ao observar que, quando uma corrente elétrica passava pelo fio, ele ficava vermelho. 'Foi então que se pensou na possibilidade de utilizar a energia elétrica para iluminação', diz. Entre os grandes desafios, estava a necessidade de encontrar um filamento que preservasse a incandescência, como no caso do fio de carvão. A durabilidade, no entanto, era restrita.

Edison incandescente, Tesla fluorescente

O nome de Nikola Tesla (foto) foi ofuscado pelo do contemporâneo Thomas Edison. De fato, conseguir elevar a lâmpada a um patamar comercializável é um grande feito. Mas Tesla também é dono de boas ideias. O croata registrou a lâmpada elétrica a arco, precursora das lâmpadas fluorescentes atuais - mais econômicas e, por isso, amplamente defendidas por especialistas. A ideia reúne, no interior do bulbo, dois eletrodos. "É uma luz ultravioleta convertida em luz visível", explica Pagan.


Não deixe de ver esse artigo a respeito de 
Nikola Tesla  e  Thomas Edison

Tungstênio para durar

A pouca durabilidade das primeiras lâmpadas - cerca de 40 horas - exigiu que se repensasse o material do qual era feito o filamento, que deveria ser resistente a altas temperaturas. O tungstênio foi o escolhido. 'Ele começou a ser usado no início do século 20 e foi decisivo para a durabilidade e eficiência da lâmpada', diz o professor. Para evitar que o filamento entre em combustão e se queime rapidamente - deixando todo mundo em casa às escuras -, o interior da lâmpada é preenchido com uma mistura de gases inertes, como o nitrogênio, argônio ou criptônio.


O dilema das incandescentes

O calor, maior parte de energia fornecida pela lâmpada, não é visível ao olho humano. A outra fração é a luz visível, responsável por iluminar a sala enquanto você termina de ler aquele best-seller. 'Quanto mais quente o filamento, maior o percentual de energia na faixa visível', diz o professor. O problema é que, quanto mais quente, mais rápido o filamento queima. Atualmente, segundo Pagan, as lâmpadas incandescentes duram cerca de 750 horas, mais ou menos nove meses. Nos anos 1990, elas duravam até mil horas. A luz, no entanto, era mais fraca. Lembra?


Branquinha econômica

Primeiro, o tom amarelado reinava absoluto. Com o tempo, a luz branca começou a ganhar espaço. Se nove meses de duração pareciam suficientes, os oitos anos de iluminação da lâmpada fluorescente surgiram para conquistar de vez boa parcela da população. Cesar Pagan garante que a resistência em lançar mão das branquinhas - também muito mais econômicas - é bobagem. "Se você compra uma fluorescente por R$ 20, ela te dá economia de R$ 30 reais no ano. A incandescente gasta, anualmente, de R$ 30 a R$ 40, enquanto que a outra gasta em torno de R$ 10", diz. A fluorescente funciona com um tubo no qual é colocado argônio e vapor de mercúrio. Com a passagem da corrente, segundo o professor, os átomos de mercúrio absorvem energia e emitem uma forma de luz ultravioleta. Ao bater na superfície, feita de fósforo, ela é convertida em luz visível.

Bodas de Ouro para o LED
O LED não é propriamente uma lâmpada, mas usa energia elétrica para iluminar. Novidade do mercado, pode durar entre 25 e 50 anos. 'O preço é mais alto, mas é a garantia de se ter a lâmpada por um bom tempo', afirma o professor. No entanto, para Pagan, a promessa de 'luz eterna' não deve ser decisiva na hora de optar pelo produto. 'Dificilmente alguém vai ficar com o LED por tanto tempo. As pessoas mudam de casa, de lustre, de iluminação, querem uma potência diferente. A princípio, o custo-benefício é vantajoso para o LED, mas o fato de ele durar tanto, justamente por conta das mudanças ao longo da vida, talvez não compense', observa. As qualidades da opção, porém, não se restringem à duração: além de ser mais econômica, ela não emite nenhum tipo de raio nocivo, como ultravioleta e infravermelho.

Foco nas renováveis

No Brasil, a energia elétrica é produzida, principalmente, em termelétricas e hidrelétricas. Para o professor da Unicamp, é preciso considerar os impactos de construção dessas usinas. No entanto, diz ele, em longo prazo a construção é benéfica. "Deve haver uma área de inundação, e é preciso considerar os impactos ambientais iniciais. Mas essas são opções de energia renovável", diz o professor. 


Por um mundo melhor
Em 2012, o ato de apagar as luzes como forma de chamar atenção para as questões ambientais completa cinco anos. Ao contrário do que muita gente pensa, a Hora do Planeta não visa à economia de energia. Ela é apenas um ato simbólico, voltado a todas as questões relacionadas ao tema, e não apenas contra o desperdício. Mas, calma, há uma explicação para o alerta ser dado desta forma: na Austrália, país onde a iniciativa nasceu, a produção de energia elétrica geralmente utiliza carvão, grande responsável pela emissão de gás carbônico. Não é o caso do Brasil, onde a produção se concentra em hidrelétricas e termelétricas. Mas, segundo a World Wildlife Fund (WWF), como a ação é global, ela é igual em todos os países. O objetivo, de uma ponta a outra, é conscientizar a todos sobre uma das grandes ameaças à humanidade: o aquecimento global. O professor lembra que o Brasil não utiliza derivados de petróleo, responsável por altos índices de emissão de gás carbônico em países desenvolvidos, na produção de energia. "Devemos nos preocupar não apenas com a economia, mas também com a eficientização dessa energia. Futuramente, poderemos trabalhar com energia eólica, solar e com álcool, já que seu ciclo, a partir da cana, não aumenta a quantidade de carbono na atmosfera", destaca.

Fonte : Especial para o Terra


Achou estranho a informação de que Thomas Edison não inventou a lâmpada, então indico esse dois links abaixo, vale a pena clicar e ver: 

Nikola Tesla  e  Thomas Edison


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Um abraço e até o próximo Post

Sopro Solar.                                          

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