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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Quer envelhecer menos? Pergunte-me como!

Não são apenas os leitores de ficção científica que se interessam por viagem no tempo. Saiba por que físicos conceituados estudam o assunto com seriedade.

Quer envelhecer menos? Pergunte-me como!

De Lorean, a máquina do tempo esada em De Volta Para o Futuro
Claro que esse título foi para chamar a sua atenção para uns dos assuntos mais fascinantes da ciência: A viagem no tempo para o futuro!
Esse assunto quando visto pela Física, não funciona como no cinema. Você não pode entrar em um veículo e simplesmente aparecer em uma época cheia de avanços tecnológicos e carros voadores.
Porém, como já declarado anteriormente, é possível retardar o tempo.
Digamos que você deixe sua família na Terra, e parta em uma viagem pelo espaço em uma velocidade próxima da velocidade da luz. Quando você retornar, perceberá que terá se passado muito mais tempo na Terra do que para você. Ou seja, você “voltou” para o futuro. E consequentemente, também terá envelhecido menos do que os seus parentes e amigos que permaneceram no planeta.
Esses conceitos podem ser bastante confusos para leigos, mas no começo até mesmo os físicos foram relutantes em aceitar as ideais de Einstein. Com o passar do tempo eles perceberam que, por mais estranha que a teoria possa ser, ela combina com o que acontece na realidade.
E não pense você que esses conceitos estão muito distantes do nosso cotidiano. Se o seu celular possui GPS, você está carregando nada menos do que uma aplicação prática da Teoria da Relatividade dentro do seu bolso.
Como os satélites que integram o Sistema Global de Posicionamento estão se locomovendo em alta velocidade ao redor do planeta Terra, o tempo deles se passa de maneira diferente em relação ao nosso. Por isso, o tempo dos satélites e o tempo dos usuários do sistema precisam ser ajustados antes de serem sincronizados.
Uma situação semelhante é enfrentada pelos astronautas em órbita ao redor da Terra. Por estarem se movendo rapidamente ao orbitar o nosso planeta, é possível perceber que o tempo, para eles, passou alguns milésimos de segundo mais lento.
Se levarmos isso em consideração, podemos dizer que o nosso primeiro viajante do tempo foi o cosmonauta russo Sergei Avdeyev. Com mais de 748 dias a bordo da estação Mir, orbitando a uma velocidade de aproximadamente 7,5 km/s, Avdeyev viajou cerca de 20 milissegundos no futuro, o que ainda é considerado como sendo o recorde de viagem no tempo de um ser humano.

Viagem para o passado


Viagem através de um Buraco de Minhoca
Fonte da imagem: Wikipedia
Como vimos até agora, é relativamente “fácil” viajar para o futuro. O problema aparece mesmo quando o assunto é voltar para o passado. Nesse cenário aparecem novas ideias, tão fantásticas quanto as que já foram apresentadas.
Em tese, viajar para o passado seria possível se a barreira da velocidade da luz fosse ultrapassada. Mas isso seria fisicamente impossível. Embora a Física Quântica aceite a possibilidade da existência de partículas que se movem mais rapidamente do que a luz, é improvável que alguém ou algo pudesse ser acelerado até essa velocidade, pois isso exigiria uma quantidade infinita de energia.
Isso gera um problema até mesmo para escritores de ficção-científica. Digamos que uma guerra estelar esteja acontecendo a seis anos-luz daqui. Sem ultrapassar a velocidade da luz, uma nave levaria, no mínimo, 12 anos para ir e voltar da guerra. Isso tornaria os filmes e livros muito chatos, certamente.
Porém, o problema pode ser solucionado com uma nova informação, prevista na Teoria Geral da Relatividade, publicada por Einstein em 1915: de acordo com essa teoria, a gravidade não é uma força que age sobre o universo, como as demais, mas uma consequência de o espaço-tempo não ser plano.
O espaço-tempo é curvo e, por isso, a órbita de planetas como a Terra formam elipses. Os corpos celestes não estão traçando uma curva no espaço, mas apenas seguindo o formato que ele tem.
Esquema de um Wormhole
Fonte da imagem: Wikipedia
Se conseguíssemos curvar ainda mais o espaço-tempo, poderíamos cortar grandes distâncias do espaço em pouco tempo, através de objetos conhecidos como Buracos de Minhoca (Wormholes).
Ao criar, de alguma forma, um Wormhole, ele se comportaria como uma espécie de túnel, que ligaria duas regiões muito distantes. O Buraco de Minhoca seria como um atalho para distâncias astronômicas.
Isso tornaria as batalhas estelares da ficção-científica bem mais ágeis, não acha? Essa é uma das razões de esses “atalhos” aparecerem com tanta frequência nos livros e filmes que abordam viagens pelo universo.
Mas como dissemos antes, nesse cenário o tempo é apenas mais uma dimensão do espaço. Então, além de podermos nos locomover nos eixos X, Y e Z, poderíamos também encontrar um atalho pelo tempo em direção à outra época.
Vale a pena lembrar que, embora essas teorias sejam difíceis de entender e pareçam só funcionar no cinema, elas foram desenvolvidas com base em conhecimento científico. Então, por mais improvável que pareça, seria possível viajar no tempo caso tivéssemos o conhecimento e a engenharia necessária para isso. Ou melhor, não seria impossível, já que não conhecemos nenhuma lei Física que impossibilite a viagem no tempo.
Porém, ao viajar para o passado, algumas ocasiões contraditórias poderiam acontecer. Seriam esses paradoxos uma prova da impossibilidade da viagem no tempo? Como solucioná-los?

Respostas (ou mais perguntas),  na próxima postagem.

Fonte:  tecmundo


Diagramação e adaptação: Sopro Solar 





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