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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O ENCONTRO...


O ENCONTRO COM THOMAS EDISON: 

O HOMEM

 QUE IRIA AJUDAR A DESTRUÍ-LO

Em 1882, Nikola Tesla arrumou um emprego na Companhia Continental Edison em Paris, distinguindo-se como um bom engenheiro. Dois anos mais tarde, viajou à Nova York para conhecer o presidente da companhia: o próprio Thomas Edison.
Este encontro não foi bom como havia sonhado. Edison o observou com desprezo e certamente não tinha intenção em colaborar com qualquer esquema AC. Edison via AC como uma ameaça a seu império DC. Tesla prometeu aumentar a eficiência de dínamos em 25% em dois meses. Edison disse a ele que se assim conseguisse, ele lhe pagaria cinqüenta mil dólares. Conseguiu cumprir com a promessa, melhorando os dínamos por uma margem maior do que a prometida a Edison. Mas, quando pediu por seu pagamento, Edison recusou-se a honrar o acordo, dizendo que estava apenas ‘brincando’. Tesla demitiu-se e nunca mais trabalhou com Edison.

Thomas Edison - Fonte: Matrix
Tesla foi contatado por um grupo de investidores que desejavam vender a lâmpada de arco que ele havia inventado e assim, nasceu a Companhia Elétrica Tesla. Tesla estava ansioso por esta oportunidade de trazer a corrente alternada ao mundo, mas seus investidores nada queriam com ela. Assim, Tesla foi rejeitado pela companhia que tinha seu próprio nome.


SALVO POR BROWN 
Na bancarrota, uma das mentes mais brilhantes do mundo estava reduzida a trabalhos braçais faturando um dólar por dia. Planejou cometer suicídio no seu trigésimo aniversário, à meia noite em ponto, hora do seu nascimento. Antes que isso ocorresse, porém, A. K. Brown da Western Union soube da situação de Tesla. Brown, determinado a devolver o gênio a seu lugar no mundo, ofereceu-lhe um laboratório próprio, e a chance de pesquisar a corrente alternada.
Salvo, Tesla imediatamente começou a trabalhar em seu dínamo AC. O dínamo funcionou exatamente como previu todos estes anos dentro de sua mente. Tesla demonstrou sua invenção ao público, e logo tornou-se a sensação da comunidade de engenheiros. Dentre os convertidos por suas palestras à corrente alternada, estava George Westinghouse, quem negociou com Tesla a fabricação dos dínamos. A primeira aplicação desta tecnologia: As cataratas do Niagara. Westinghouse venceu a concorrência para a utilização do Niagara, oferecendo metade do que Edison ofereceu para a instalação de um sistema DC. Em 1895, O sistema de energia AC de Niagara foi inaugurado sem uma única falha, transmitindo energia até Buffalo, a aproximadamente trinta e três quilômetros de distância, uma total impossibilidade com corrente contínua. Não mais uma comodidade luxuosa reservada aos ricos, a energia elétrica agora era para todos.
Pela primeira vez em sua vida, Nikola Tesla era imbatível.
A primeira invenção de Tesla com propósito militar utilizava uma espécie de automação tecnológica, com a qual o trabalho de seres humanos poderia ser substituído por máquinas. Tesla produzia barcos e submarinos controlados remotamente. O governo nunca aceitou a oferta de Tesla, mas conseguiu um contrato militar com a marinha alemã. O produto eram as turbinas sofisticadas que o almirante Von Tirpits usou com grande sucesso em sua armada de navios de guerra. Quando começou a Primeira Guerra Mundial, cancelou o contrato com os alemães. Não queria ser acusado de traição.


O RAIO DA MORTE
Quase falido e vendo os Estados Unidos à beira da guerra, idealiza o "Raio da Morte", aparentemente uma espécie de acelerador de partículas. Não há certeza se usou seu Raio da Morte, ou se ele sequer chegou a construí-lo. Mas existe uma história relatada do que aconteceu naquela noite em 1908, quando Tesla testou sua arma.
Naquela época, Robert Peary estava fazendo sua segunda tentativa em se chegar ao polo norte. Tesla notificou a expedição que eles estariam tentando entrar em contato com eles de alguma forma, e eles deveriam relatar qualquer coisa incomum que eles observassem. Na noite de 30 de junho, acompanhado por seu associado, George Scherff, na torre de Wardenclyffe, Tesla apontou seu raio através do atlântico, para o ártico, a um ponto calculado como estando a oeste da expedição de Peary. Tesla ligou o equipamento. Uma coruja que voou de seu ninho no topo da torre em direção ao raio foi desintegrada instantaneamente. Isso concluiu o teste. Tesla observou os jornais e enviou telegramas para Peary na esperança de confirmar o raio da morte. Nada foi respondido. Já disposto a admitir derrota, recebe notícias de um estranho evento ocorrido na Sibéria.

Em 30 de junho, uma enorme explosão havia devastado Tunguska, uma área remota na floresta da Sibéria. Quinhentos mil acres quadrados de terra foram destruídos por algo com força equivalente a quinze megatons de TNT. Tunguska é a mais poderosa explosão ocorrida na história, nem mesmo as explosões termonucleares ultrapassaram sua força. A explosão foi audível a 930 quilômetros de distância. Os cientistas falaram de um meteorito ou fragmento de um cometa, mas nenhum impacto ou restos minerais de tal objeto foram encontrados.
Estava claro para ele que seu raio da morte tinha ultrapassado seu alvo calculado e atingido Tunguska. Tesla desmontou o Raio da Morte imediatamente, tamanho o perigo que ele poderia representar em mãos erradas.

Saiba mais sobre a explosão que devastou Tunguska clicando AQUI.


Seis anos mais tarde, o fim da Primeira Guerra fez com que Tesla escrevesse ao presidente Wilson, revelando o segredo do teste do Raio da Morte. A única resposta de Tesla à sua proposta foi uma carta formal de apreciação da secretária do presidente. Tesla fez mais uma tentativa de ajudar seu país na guerra em 1917. Ele concebeu uma estação emissora de ondas exploratórias de energia, permitindo que seus operadores determinassem com precisão a localização de veículos inimigos distantes. O departamento de guerra riu e rejeitou o "raio explorador" de Tesla.


Por trás dessa ironia e reprovação estava ninguém menos que Thomas Edison e a inveja que tinha de Tesla.



Uma geração mais tarde a invenção ajudaria os aliados a vencerem a Segunda Guerra Mundial. Era o radar.
Em uma de suas experiências com tecnologia ressonante em Nova York, seu laboratório foi invadido por um esquadrão de policiais, exigindo que Tesla parasse com seus experimentos. A ilha de Manhattan estava vibrando por quilômetros de distância. Tesla não sabia que ondas ressonantes tornam-se mais fortes quanto mais elas viajam. Estava criada a "Máquina de Terremotos de Tesla".
Em seus últimos dias, Tesla ficou fascinado com a idéia da Luz como sendo tanto partícula como onda - a proposição fundamental do que se tornaria a física quântica. Foi este campo de investigação que o levou à criação do Raio da Morte. Tesla também tinha a idéia de criar uma "parede de luz". Esta misteriosa parede de luz permitiria que o tempo, espaço, matéria e até gravidade fossem manipuladas à vontade do operador, e concebeu uma grande variedade de propostas que parecem hoje sair diretamente da ficção científica, incluindo naves anti-gravidade, tele transporte e viagens no tempo.
Tesla afirmava que todo o pensamento criado pela Mente Humana cria uma imagem correspondente na retina, e a informação elétrica desta transmissão neural poderia ser lida e gravada em uma máquina e visualizada como padrões visuais em uma tela.

Em 7 de janeiro de 1943, Nikola Tesla morreu em Nova York aos 87 anos. Ele estava literalmente quebrado, vivendo no hotel New Yorker, em uma sala que dividia com um bando de pássaros, quem ele considerava seus únicos amigos.












A CONSPIRAÇÃO ANTI-TESLA: SUPERMAN LUTA CONTRA O RAIO-DA-MORTE
As indústrias haviam virado suas costas a ele. A comunidade científica ignorava suas idéias. O público o conhecia como um lunático cujas teorias eram apenas úteis para tablóides sensacionalistas. Os quadrinhos do "Superman", de Max Fleischer, em 1940, desenhavam o herói lutando contra raios da morte e terrores eletromagnéticos criados por um cientista louco chamado Tesla.
Grandes empresários e o governo dos Estados Unidos conspiraram para suprimir seu gênio inventivo. No topo da lista de suspeitos, está Thomas Edison, (Olha ele aqui de novo)que temia o sucesso de seu antigo empregado com a corrente alternada, e efetivamente liderou uma campanha para destruir o nome de Tesla. Ele organizou demonstrações nas quais animais eram eletrocutados letalmente com equipamentos AC. Edison também fez parte da mesa de conselheiros do departamento de guerra que rejeitou as propostas de Tesla para o Raio da Morte e seu radar.
J. P. Morgan também está implicado na Teoria da conspiração anti-Tesla. Morgan efetivamente ampliou sua já monumental fortuna explorando as idéias do inventor, até que ele descobriu que sua idéia era a criação de livre energia, uma idéia assustadora a qualquer capitalista respeitável.
O FBI ordenou que o escritório de propriedades estrangeiras se apoderasse de todos os documentos de Tesla. Tesla era cidadão americano desde 1891, não era estrangeiro. Considerado inofensivo para a segurança nacional seu arquivo foi encerrado em 1943 e reaberto em 1957, após saberem que os russos estariam realizando experiências com sua tecnologia. Muitos estão convencidos que o Pentágono realizou várias experiências baseadas na tecnologia de Tesla.
Uma última teoria é a de que Tesla arruinou sua própria reputação com suas invenções e propostas fora de época. Tesla nunca aceitou o trabalho de Albert Einstein. 

Nota: Em termos práticos, estes argumentos estão provavelmente corretos. Um sistema de energia livre, hoje, ainda não seria aceita.



SUPERMAN EXPLODE O LABORATÓRIO DO "CIENTISTA MALUCO"





Como numa história em quadrinhos, o laboratório de Tesla em Wardenclyffe também teria que ter um fim. Em 1917, ele foi condenado à demolição. O dinheiro de Tesla para sua manutenção havia acabado, e acreditava-se que ele estivesse sendo espionado por alemães. Como um movimento inicial, ele foi dinamitado, mas a torre se manteve intacta. A equipe de demolição detonou o local repetidamente, mas a torre não caiu. Voltaram dias depois e a dinamitaram novamente. Dessa vez ela caiu, mas não explodiu, nem se quebrou.
Muito se relaciona a destruição da imagem de Tesla às ações e atitudes de Thomas Edison, J.P.Morgan e Westhinghouse. Todos teceram através de suas influências uma imagem tosca de um grande gênio. Essa mancha não macula a genialidade de Thomas como inventor, mas coloca dúvidas sobre seu caráter como empresário.
O verdadeiro legado de Tesla está sendo reconhecido. A Corte Suprema dos Estados Unidos declarou pouco após sua morte que Tesla era o verdadeiro inventor do rádio e não Guglielmo Marconi. Tesla foi reconhecido como o inventor da lâmpada fluorescente, o tubo amplificador a vácuo e a máquina de raios X. Os livros de história começam a reparar tamanha injustiça. 

As pessoas bem sucedidas podem não ser as mais brilhantes, mas sim aquelas que sabem lidar com as regras do jogo da fama e da riqueza. Tesla era um discípulo da ciência pura e não da ciência aplicada e não sabia como lucrar com suas idéias. Seus parceiros (parceiros?) de negócios frequentemente não agiam com lisura e Tesla contribuía tomando desastradas decisões financeiras.
A história de Tesla trás grandes lições que puxam a uma reflexão individual por vezes dolorosa. Tesla chegou a ser indicado ao Prêmio Nobel de Física, juntamente com Edison, mas Tesla recusou-se a recebê-lo.
O que sabemos é que quanto mais avançamos na tecnologia mais escutamos falar de Tesla. Como um fantasma cuja energia nunca acaba, Tesla retorna a zombar da nossa pobre capacidade de lidar com o novo e aliado a ele o que chamamos de moderno ou tecnológico.




Adivinhar  qual o seu professor decidiu não falar sobre... é fácil!




É pra pensar... Nikola Tesla ainda é um homem à frente do nosso tempo. O Superman morreu. Tesla continua cada vez mais vivo!

Saiba mais sobre a explosão que devastou Tunguska clicando AQUI.


Até o próximo post.
Um abraço!


Sopro Solar.                                          
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